sábado, 31 de agosto de 2024

SEBASTIÃO FRANCISCO DE MELO E POVOAS

 


SEBASTIÃO FRANCISCO DE MELO E POVOAS

55º MANDATÁRIO DO RIO GRANDE DO NORTE  (QÜINQUAGÉSIMO QUINTO)

 GOVERNANTE DA CAPITANIA DO RIO GRANDE DO NORTE, NO PERÍODO   1812 Á 1816

 (ÚNICO MANDATO)

 PRECEDIDO POR

GOVERNO DO SENADO DA CÂMARA

 SUCEDIDO POR

JOSÉ INÁCIO BORGES

SEBASTIÃO FRANCISCO DE MELO E POVOAS

Nasceu em Lisboa (1790), filho de FRANCISCO DE MELO E POVOAS, primeiro capitão-mor da Capitania de São José do Rio Negro, atual Estado do Amazonas, depois Capitão-General e Governador do Maranhão, primo de Sebastião José de Carvalho e Melo - Marquês de Pombal e Ministro de Dom José I. Melo e Povoas era, pois, primo em segundo grau do ilustre nobre, e mais se fortaleceram os laços de família quando desposou a também lisboeta D. Maria Leonor de Carvalho Melo, filha adotiva de Henrique José de Carvalho Melo, 2º Marquês de Pombal (consta que em Natal nasceu seu primeiro filho – set., 1814 –, dias mais tarde falecendo D. Maria Leonor, aqui sepultada). Sebastião Francisco teve rápida ascensão na carreira militar: sentou praça como Aspirante a Guarda-Marinha (out., 1806), é Guarda-Marinha (jul., 1807) e 2º Tenente (mar., 1808), quando transfere-se para a infantaria, três meses depois sendo promovido a 1º Tenente. Chega a Capitão em novembro de 1810 e Sargento-mor em 1811, um ano antes de vir para Natal, e seria Tenente-Coronel em outubro de 1817. Era fidalgo cavaleiro da Casa Real, Cavaleiro da Torre e Espada e Comendador da Ordem de Cristo. Assumiu esta Capitania com apenas 22 anos de idade, provavelmente constituindo este o motivo de acompanhá-lo um ajudante de ordens, o Sargento-mor Antônio Bernardino Mascarenhas – uma espécie de mentor, diria CÂMARA CASCUDO, que complementa: O secretário, Luiz Pinheiro de Oliveira, foi elemento de real eficácia (1989, p. 200). Foi nomeado Capitão-mor e Governador da Capitania do Rio Grande do Norte por Carta Patente do Príncipe Regente Dom João, emitida no Palácio do Rio de Janeiro a 22 de junho de 1611. Prestou preito e homenagem no dito Palácio em 28 de agosto do mesmo ano e sua posse deu-se a 22 de janeiro de 1612 na Matriz de Nossa Senhora da Apresentação, perante o Senado da Câmara, presentes o JuizPresidente, Procurador e Vereadores. A Capitania tinha, à época, 50.000 habitantes, exportava gado e peixe seco, desenvolvia as culturas do algodão, cana-de-açúcar e, também, com bons resultados, a mandioca para o fabrico da farinha, o milho e o arroz. Dizem VICENTE DE LEMOS e MEDEIROS (1980, p. 75) que “as salinas eram exploradas com proveito e sem embargos, rendendo, em 1812, o imposto de 112$670. As rendas da Capitania, para o tempo, foram ótimas e aplicadas honestamente, pois o governador saldou os compromissos dela e pagou os servidores, inclusive os soldos atrasados de soldados inválidos e pensões de viúvas e menores. Construiu e inaugurou, a 24 de junho de 1813, o Quartel da Companhia de Linha, cujo comandante, Capitão Antônio Germano Cavalcanti de Albuquerque, era um dos líderes revolucionários em 1817, ao lado de André de Albuquerque Maranhão. Passou o governo em 16 de novembro de 1816 para José Inácio Borges e partiu para o Rio de Janeiro, onde o aguardava outro importante encargo, conforme registra CÂMARA CASCUDO (op. cit., p. 201): Dom João, no mesmo decreto em que criava a Capitania das Alagoas (desmembrando-a da de Pernambuco), nomeava-o seu Governador, a 16 de setembro de 1817.

FONTE – FUNDAÇÃO JOSÉ AUGUSTO

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